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ESPORTE PARA MENINAS X EMPODERAMENTO DAS MULHERES, UMA ALTERNATIVA PARA MINIMIZAR OS DANOS DA ADULTI


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Continuando nossa conversa sobre a adultização precoce , vale retomar uma pesquisa recente do jornal Estado de São Paulo, que divulgou na semana passada uma pesquisa que revela que em cada 5 crianças nascidas no Brasil, 1 é filha de adolescentes entre 10 e 19 anos, com uma pequena taxa de diferença entre a cidade de São Paulo e as demais cidades do Estado . Especialistas apontam um ciclo: quanto mais periférica e vulnerável a população, mais mães jovens, condição que agrava a pobreza e gera mais gestações antecipadas. A evasão escolar entre elas é alta, e a inserção no mercado de trabalho é baixa. Estudo do Ipea (instituto federal) apontou que 76% das brasileiras de 10 a 17 anos que têm filhos não estudam -e 58% não estudam nem trabalham. Enquanto educadora , percebo a cada dia que o público de pais está cada vez mais jovem, exatamente como apontam as pesquisas , mais grave ainda , percebo que muitas vezes as famílias se reduzem a meninas - mães , solteiras e sem nenhuma perspectiva de uma vida estável ; não costumam participar de reuniões de pais ou de planejamento escolar, sequer reivindicam questões primordiais relacionadas ao desenvolvimento de seus filhos. Repetem modelos de condição de submissão , quer seja do Estado ou dentro da própria família. As únicas reivindicações vindas das mães são relacionadas ao assistencialismo , como uniformes e materiais escolares. Entendo essa situação não como desinteresse, como é comum ouvir entre os educadores, que também estão cada vez mais com deformidades na formação , acredito que esse público de mães jovens , encontram-se em uma situação de inércia; pois também foram cerceadas dos seus direitos básicos, e isso ocorre por diversas situações, mídia, pressão familiar e cultura que se reproduz. Precisamos quebrar esse ciclo; acredito que a escola deva ser um espaço de formação de toda a comunidade, não só das crianças. Essa mudança terá que ocorrer a partir dos educadores , repensando concepções e currículo, cuidando para que não se propaguem concepções ocultas que reforcem adultização precoce, privando especialmente as meninas de se formarem e tomarem posse dos seus direitos de cidadãs.

Programas voltados ao esporte para meninas é uma das apostas que merecem investimento da sociedade, pois é um direito que precisa ser garantido em currículo, pois o Esporte é uma grande possibilidade de mostrar para as meninas outros modelos culturais, outras possibilidades de vida, resgatando a auto-estima e se apropriam da segurança para enfrentar os desafios na adolescência e na vida adulta .

LUCIMARA LORO, PEDAGOGA - FORMADA PELA PUC-SP, ESPECIALISTA EM GESTÃO, PSICOPEDAGOGIA , EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/02/1862231-uma-em-cada-cinco-criancas-nascidas-no-pais-e-filha-de-adolescente.shtml

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